Remexer em baús
velhas lembranças misturando-se nas poeiras da vida remoer aquietamentos, aquecer risadas escondidas organizar o inevitável, limpar espaço (novas antigas memórias habitarão) esquece a chave em alguma gaveta deixa o tempo consumir os fatos, as ideias inundarem o quarto a vida preencher-se de si sem poeira assolando entremeios com poesia invadindo Leia mais
Solidão
Solidão é viver numa multidão sem sentidoEvitar o toque, pois a leveza do tato agride tanto quanto o verbo que condena.Interno mundo que habita e refaz o sofrer cotidiano.Dias de esquecimento de si. Dias de murmúrios ruidosos de dor.Grito silencioso que se esvai, irrompe o imenso nada e, de novo Leia mais
O que nos resta
e se tudo o que nos restar for a mesa do bar, olhares trocados, falas em subterfúgios e contatos diretos, em tato e fato. E se tudo o que nos restar forem conversas em rodas de choro, enquanto o bandolim ressoa e nossa voz sai ao pé do ouvido. E Leia mais
contexto
refutava a falsa empatiadaquela pretensa rotina,em enfadonha cortesiasorria ao seu melhor pretexto:coexistir em sinergia. sua voracidade libertinavia, na pele, poesia,e, na vida vadia, contexto.
Torpe Etiqueta
curte com prazer essa tua facetadias sem calmaria, nem tretaenfrenta voraz tudo o que te afetaentrega, com deleite, pele concretate perde, no rumo, na cama,no sexo, sem prumo, nem famadesfila, sem roupa, nem rimaindiscreta, sem tom, desafinaInquieta, destila veneno, fugaztorpe etiqueta, não mais satisfaz
insegurança
Insegurança é mato, diverso prolifera em acontecimentos, se instala na minúcia transforma, deforma, toma: a forma paira e suspende o óbvio instaura a suspeita diminuta sussurrando sandices corrompendo a visão, nublando-a cresce, aparece, frondosa te esconde: até ninguém mais perceber(-te)
Salvo conduto
Melhor salvo-conduto Nossa pele, assim, al punto Deleite do simples usufruto Com tato, nosso reduto