Sobre o que me habita
Minha confusão é profícuo labirinto: Calmarias intranquilas Trajetos inconstantes Encontros sem acaso Sorrisos sem compromisso. Insuportável ímpeto: A poesia habita em mim
Minha confusão é profícuo labirinto: Calmarias intranquilas Trajetos inconstantes Encontros sem acaso Sorrisos sem compromisso. Insuportável ímpeto: A poesia habita em mim
É que a pele exige o que perto não está. As ideias voam longe e provocam vontade, num instante de lembrança fugaz, daquilo que minha pele exige: o que perto, não está.
Quem a vê sentada observando, o que pensa? Ela gosta de detalhes… Atenta-se a cada um deles Como quem devora um sorvete de baunilha delicioso (Mas ela não gosta de sorvete de baunilha…) Do que ela gosta? O que saboreia? E como? O que a satisfaz? Descrever os detalhes demoradamente, Leia mais…
Descompassado Desalinho Desconfiado Desatino Descompensado Desabafo Que compensa E alinha, confiando No compasso afinado De uma menina Quase normal
Mas é na calmaria de um olhar Repousando em mim, silencioso Que me percebo sorrindo sem cautela É ao me acomodar por inteira No conforto de teu abraço que deixo a preguiça nos ocupar E no olhar, no abraço, na preguiça No som da voz, no sorriso… Ah, no sorriso… Leia mais…
Boa é a tarde Que se demora Com sabor de cereja Cheiro de preguiça E cafuné de sobremesa Forte é a vontade Da pressão suave Da mão na pele em um passeio que não é à toa Raridade é degustar o saber (Sem espanto, nem modéstia) Que beleza se acha Leia mais…
Ela observa os passos atrasados À espera do abraço, contido, tímido Enquanto disfarça, com esforço O encantamento – já declarado – pelo sorriso E ele? Sorri com o olhar, senta distante Enquanto observa a menina falar Divagar sobre amenidades, concentrada Para não se distrair ou se entregar E de nada adianta… Leia mais…
É um gigante que sorrindo me encanta E por meus olhos se encanta E se rende à suavidade do toque na pele pela pele que deseja
movimento encontro olhar suspira suspira só pira percorre minuciosa e vagarosamente de um canto a outro canto num só olhar e sorri de volta e de novo e de novo sorriso: compulsória ação própria do querer do ser, sentir, tocar, viver a alma o fato a pele a pele? o Leia mais…