Solidão
Solidão é viver numa multidão sem sentidoEvitar o toque, pois a leveza do tato agride tanto quanto o verbo que condena.Interno mundo que habita e refaz o sofrer cotidiano.Dias de esquecimento de si. Dias de murmúrios ruidosos de dor.Grito silencioso que se esvai, irrompe o imenso nada e, de novo Leia mais
abjeta etiqueta
se é por pura etiquetaessa tua postura abjetaaqui só há vaziodia a dia em desvariopoeta do que te afetavadia do pleno libertinoescrita sem rimafoto em demasiapele: saliva em matéria primanós: a melhor distopia
contexto
refutava a falsa empatiadaquela pretensa rotina,em enfadonha cortesiasorria ao seu melhor pretexto:coexistir em sinergia. sua voracidade libertinavia, na pele, poesia,e, na vida vadia, contexto.
Auto-retrato
Há dias e noites de intensidade.Fugazes segundos que nos consomem.Tempo de maturação e descontrole.Servir e desistir.Ao redor de nós, receio.De uma vida que inexiste.Voraz, refaço luta. Por mim.Não é ponderar, é estabelecer.Não somos nada.Mas é um nada delicioso que resideResiste, entorpece, permanece.Eu. Em mim. (Enfim).
libertina
enquanto no restrito reduto não houver salvo conduto enquanto no contato não restar ato correlato enquanto nossa rotina não for plena e libertina nosso parco dia-a-dia vivido em estúpida anestesia torna-se cotidiana paresia sem cor, nem poesia
de definições e pertencimentos
práticas de pertencimento e liberdades diárias.Práticas de si mesma, sabendo poder escapar: fica.Se esgueirar sem receio, quando preciso for.Esperar na quietude, residindo sem dorPráticas de mim: rejeitar qualquer julgamento que me sujeite.Insubmissa às definições alheias que atordoam e calam, (per)sigo: eu
[curtinhas]
[Não] tira o foco da mulherEnquanto estanca o tempoEncerrado no espaçoSuave: habita.