Diálogos (não) inventados
Em meio a conversas aleatórias sobre admiração e respeito, os significados das palavras parecem encantar. Empatia, por exemplo…
Sabe? Aquilo que anda faltando na vida mais miúda cotidiana? Em momentos de singular desprentenciosidade a tal da empatia ganha atenção por ser rara e, quando mencionada, parece pairar com um ar de alívio daqueles que se sentem sufocados por perceberem o outro como sujeito.
Enquanto a conversa desenrolava, suave, além de empatia surgem pitadas de sarcasmo e ironia apontando uma sagacidade incomum naquele garoto…
– Estilos de vida que tenho um apreço grande – disse ele…
Em meio aos compromissos diários, às urgências da rotina, despediram-se declarando a necessidade de continuar a conversa, em vontade recíproca (outra palavra que aparentemente ambos encantam-se), a fim de abordar os significados de palavras interessantes, dentre outras bobagens (sérias ou não):
– Ai de você se não me der essa oportunidade de seguirmos a conversa…
Tendo em vista os horários na agenda, mil e-mails pendentes e compromissos inutilmente vividos mas inevitavelmente irrevogáveis, envolta em pensamentos, ela deixa escapar, em voz alta:
– É. Ai de mim se eu não me der essa oportunidade de seguirmos a conversa…
2 comentários
Cá · 2 de setembro de 2016 às 16:36
Lindamente encantador, pra ser bem redundante.
Pensando Palavras Ao Vento · 2 de setembro de 2016 às 16:38
<3 Diálogos que nos fazem encantar… para dias suaves frente à vida que anda difícil…
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