Alguém te vê
futilidades aparentes
turbilhão escondido
corre na praia, sorri no sol
cai na gandaia até amanhecer
todas olham fragmentos teus
admiram com declarado deleite
tuas formas, tuas cores, teus traços
mas quando a noite toma conta
o silêncio se instaura
estás sozinho: alguém te vê?
há quem diga que ele se delineia claramente
atrás de um ego camuflando a intensidade
a óbvia intenção de verdades
em um mundo de possibilidades
voraz caminho que deseja traçar
em passos teimosamente demarcados
em excessos de cuidados com o que ama
em ações anunciadas de um gostar
sem receios ou arrependimentos
esboçadas em cores em um papel
só não vê quem não quer