Minha pele
Mas é na calmaria de um olhar
Repousando em mim, silencioso
Que me percebo sorrindo sem cautela
É ao me acomodar por inteira
No conforto de teu abraço
que deixo a preguiça nos ocupar
E no olhar, no abraço, na preguiça
No som da voz, no sorriso… Ah, no sorriso…
É ali que me perco, toda vez…
E tem como não sorrir de volta ao sentir o teu olhar?
E tem como não me espreguiçar em teu aconchego?
E tem como minha intensidade calar meu verso?
É pelo prazer de uma barba que passeia sem promessas
Da trajetória de teu toque suave em meu corpo
E do castanho de teus olhos compenetrados nos meus
Que sei que minha pele sente tua falta
Meu pudor se esvai e declaro:
A vontade me invade os instantes