Conhecer caminhos (errados, errantes)
Conhecer caminhos
desenhados em um céu
que se move, cada dia
um pouco. Numa Terra
que se move, cada dia
um pouco. Num coração
que bate, cada dia
um pouco. Numa vida
que morre, cada dia
um tanto.
Conhecer caminhos
do céu, da Terra, do amor, da vida
no erro e no arremedo, cada dia
um pouco, um todo.
Como um tolo, que ri, cada dia
um pouco, por conhecer
caminhos tortos. Que levam
a nenhum lugar cada dia,
um pouco. No deleite de cada passo,
que erra e aprende e gosta
e chora, cada dia,
um tanto.
Conhecer caminhos
que movem, batem, morrem cada dia,
um pouco. Errar e remendar
cada passo, cada choro, cada dia
um pouco. Cada passo, um tanto.
Cada amor, um deleite, cada um
cada qual. Cadê a saudade, de um dia
que passou, doeu, morou,
de-mo-rou cada dia,
um pouco? Um adeus,
no silêncio, cada dia,
Sem tato, sem fato,
sem tanto.
Conhecer caminhos
desenhados em um céu.
Deliciar os momentos
de Lua e encantos.
Amor? Um adeus.
Saudades? Nem pouco, nem muito.
Só sempre.
Caminhos? Errados, constância.
Estrelas: mapas que movem
a noite, os caminhos, os amantes:
Desenhando o rumo
Errado? Errantes
Cada dia? Um pouco mais
F-E-L-I-Z