A casa é sua
Ele desponta na próxima esquina, sem rumo, nem destino
encanta, sorri, abraça, morde, dorme, acorda, delicia o dia
enquanto na vida, num repente, se aconchega no sorriso
desmonta o coração, a calmaria, intranquila mania da menina
que reluta, em sua armadura constante, estranha dureza cotidiana.
Reluta, até o abrigo do cafuné na barba, do ímpeto da poesia,
do suspiro prolongado e diz:
Se achegue…
A casa é sua, seu moço, pode entrar.
Faz da vontade, morada,
não repara na poeira, minha esdrúxula bagunça,
o último morador não soube cuidar.
(poesia em Parceria com Simone Bispo, do blog Dona Bispa)
Foto retirada de:http://data.whicdn.com/images/7514103/tumblr_lha5u6MBLA1qbujfgo1_500_large.jpg?1298833476